terça-feira, 6 de outubro de 2015

Limites de um Auto-Bullying – Episódio 01





Para tudo que tem coisa mudando!
Gente, não que eu tenha me escondido esse tempo todo, mas eu respeito muito uma máxima que diz que você só pode apontar para o outro, depois de apontar para você mesmo, ou seja, só pratique a zoeira com o coleguinha depois de praticar com você mesmo! Sendo assim, o blog (depois de uma fase depressiva de autoconhecimento e mimimi) volta às origens e volta a rir. MAS antes de voltar a rir do coletivo, vamos rir do privado!

O Tudo com Limites apresenta hoje o primeiro episódio da série Limites de um Auto-Bullying, uma série de 5 “episódios” de Bullying sobre a minha pessoa! É a sua chance de rir de mim de forma autorizada! Ve se não perde e le até o final. Não garanto gargalhadas, mas garanto que você vai poder rir da minha cara!

Bom sem mais blá blá blá, no nosso episódio de estreia vamos falar de nome. Se vocês (se é que tem alguém lendo isso, dá um oi nos comentários se você está aí!) ainda não sabem meu nome é Lis. Vamos para as respostas básicas:
1)    Não, não é apelido;
2) Sim, é só isso (não tem complemento, nome composto e nem nada parecido);
3) Sim, eu já passei por situações bem complicadas por causa dele!

Pessoas com nomes estranhos (vamos falar “diferentes”, pois hoje o Bullying é só comigo) tem problemas em coisas que pessoas com nomes comuns julgam ser as tarefas mais fáceis da vida! Vamos exemplificar! Estou eu em um momento normal da minha vida, pedindo um café naquele lugar que anota o nome no copo (sem marcas...mas se rolar um patrocínio a gente conversa!). Pedindo o café, ok, pedido entendido...aí vem a pergunta fatídica...a atendente sorri e pergunta...Nome? É aquele momento que dá vontade de responder não...não precisa de nome não...deixa sem que é melhor! Meu rapaz, minha jovem, lembrem-se que vocês aqui estão lendo o meu nome, então está tudo tranquilo, mas façam um exercício em 3 partes:

1) Leia Lis em voz alta;
2) Encaixe em frases como “É a Lis”; “Meu nome é Lis” ou “Fala com a Lis”;
3) De muita risada!

Se você ficou com preguiça de fazer a fase 2 e não entendeu a risada na fase 3 (sério, preciso parar, o Bullying é só comigo poxa!) eu explico. Só por esses exemplos, por conta da sonoridade das frases, meu nome já virou Elis e Alice facilmente. E vamos lá, porque eu ainda estou na frente da atendente do sorriso tentando pensar em alguma alternativa para ela entender meu nome de primeira, e vai por mim, por experiência própria, não existe alternativa! Eu sempre vou passar por aquela coisa de falar umas 3 vezes o meu nome e depois soletrar: L-I-S (sem contar que depois do “Soletrando” a gente volta para as 3 respostas básicas que eu já citei acima!)

Entenderam o drama?! Enquanto você, pessoa de nome normal, faz o pedido em uns 2 minutos, eu fico pelo menos uns 5 a 6 minutos apenas para explicar o meu nome!
E isso tudo se repete em pedidos de pizza por telefone, ligar para o disk táxi (sem piadinhas sobre Uber nesse post, se segura!) e outras coisas que precisa dar o nome para “ser chamado”.

Só isso, mais os olhares das pessoas em volta quando entendem o seu nome e a cara de merda da atendente pela situação já fazem a vida de uma pessoa com o nome Lis ser mais agitada do que deveria, e não estamos falando de uma agitação boa!

Além desse Bullying versão plus, eu também passo/passei por aquelas situações mais comuns como rimas com o nome (Lis Feliz, Lis cara de caca de nariz, entre outros)! Amiguinhos, dois tipos de Bullying numa criança só...isso já da trauma permanente com direito à visitas periódicas ao terapeuta!

E tem mais, sabe quando você tem aquela amiga chamada Isabela (nome aleatório) e você é tão carinhosa que chama ela de Isa? Agora me diz, que diabos de apelido (aqueles, com diminutivo de nome) da pra fazer com Lis?! Não existe! Parece pra sempre que a pessoa está brava com você, fica te chamando pelo seu nome, o coração traumatizado de Bullying não aguenta!

Agora, pra finalizar, um recado importante! Se você, por acaso, tem conta naquele banco laranja (sem marcas!) já deu a piadinha com o limite do banco! Esse Lis aí é outra coisa, não sou eu!!!

Assim abrimos a série Limites de um Auto-Bullying e também marcamos a volta da veia cômica do blog (tem até umas boquinhas vermelhas no layout agora, porque a coisa aqui voltou a ser pimenta, segura que vem bomba!)

Espero que vocês tenham gostado, que reflitam sobre esse primeiro Bullying e que aguardem ansiosos os próximos episódios da série! 2 beijos pra cada um!

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Limites e palavra!

Gosto de gente de palavra! Seja qual for a palavra...

Gente que fica mudando de ideia me deixa tonta e gente que sustenta uma palavra na sua frente, mas na verdade quer dizer outra coisa me deixa irritada!

Se quer aquilo, vai até o final, se não quer põe pra fora que vai te fazer bem!

Gosto de gente com pegada...

Uma pegada meio forte naquilo tudo que quer.

Indecisão faz parte da vida? Sim, na hora de descobrir onde jantar, qual doce comer quando você nem tem mais vontade e também na hora de decidir qual roupa vai comprar. Mas indecisão na hora de sustentar a palavra...é feio!

Vamos combinar assim, com palavra e com pegada a gente chega longe!

Mostra decisão, luta por aquilo quer ter, quer beijar, quer pegar...mostra a pegada...pegada frouxa não conquista ninguém!

Se você me mostrar a pegada e honrar a palavra eu juro que por pior que ela seja eu vou te dar o direito de defende-la!

Mas não estraga, para de falar, vem aqui e me mostra tudo que você tem pra mostrar e me faz feliz! Deixa eu te dar uma mordida!
Vem rir comigo, se solta, me mostra que você quer, que eu te mostro que não vai se arrepender!


Depois de falar vem a hora de agir! Aí a gente se diverte, da bastante risada e continua defendendo todas aquelas palavras!

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Limites presos à cordas!



Esses dias, andando por aí, dei de cara com uma corda! Uma ponta solta que não se via o fim.
Não sabia se puxava, se deixava lá. Não era nem grossa nem fina, nem bonita e nem feia. Era apenas uma corda. Ri sozinha pensando na frase “dar corda” e logo depois parei quando me dei conta que após dar corda sempre vem a pare que alguém acaba se enforcando.

Já não aguentava mais, aquela corda devia significar alguma coisa. Enquanto caminhava em direção a ela, percebi que ela não estava sozinha. Ao seu lado havia mais uma...e outra...e outra...não era possível...resolvi que precisava de luz!

Seria melhor ter ficado sem ver...eram várias cordas, várias pontas sem nó e que apareciam sem dó para me dizer alguma coisa!

Puxei a primeira, veio o tombo...não meu...de alguém...só ouvi o barulho...

Puxei a segunda...dessa vez ninguém caiu...poderia ser alguém que já sabe pular corda!

A terceira era mais grossa...mais pesada...foi quando me toquei que não eram apenas cordas!

Eram pontas não amarradas da minha vida que me fitavam como cobras prontas para dar o bote!

Nossa, como deixei todas se rebelarem ao mesmo tempo? Talvez tenha sido um pouco de despreparo, mas levando em consideração que eu não amarro nenhuma ponta da minha vida, já era de se esperar. E agora, como sair dessa situação?!

Vamos fazer assim, eu solto as cordas, não me preocupo com o que tem em cada ponta e vou embora sem saber quantos tombos mais serão ouvidos! Droga...tenho consciência! Vou ficar e dar uma geral nisso!

Voltamos a primeira corda...agora a segunda...a terceira...cordas pesadas, fazem meu braço doer !
Corto ou amarro?! Já sei! Amarro uma na outra para ver esses personagens diferentes se encontrando e começando ma história completamente diferente. Não posso...lembro exatamente como cada uma terminou e não seria justo expor outros corações à esses espinhos...cada mágoa na sua corda!

Aparo todas...muitos restos de cordas, muita poeira...atacou minha alergia...sou alérgica à situações mal resolvidas...resultado: tenho crise todos os dias!

Pronto, todos os restos jogados no lixo e o lixo sendo levado embora! Para algumas histórias escorre uma lágrima. É bom que da um jeito nessa poeira e lava tudo!


Agora posso ir embora, fazendo de conta que não estou vendo aquele último pedaço de corda que ficou ali!

terça-feira, 30 de junho de 2015

Limites e impulso!



Sinto falta do impulso! Aquele de fazer as coisas sem pensar e também aquele de ir para trás pegar velocidade pra se jogar. Será que falta impulso pela falta de pulso?! Só sei que o pulso fica acelerado quando sinto esse perfume. Coração saindo pela boca, engole e volta pra linha que agora não é hora disso. E quando é hora?!

Lembra quando você fechava os olhos e dançava sem se preocupar se o ritmo estava certo? Qual era o ritmo mesmo? Acho que era aquele do pulso. Ou seria o do impulso?!

Era essa dança que levava até a mudança ou tudo aconteceu muito rápido depois que a luz apagou?! A luz apagada sempre foi muito boa, fazia bem, libertava das amarras...levanta agora e apaga a luz!
Sentidos aguçados sem a visão...isso faz bem! O perfume volta, o ritmo volta, o gosto aparece...ou devia aparecer! O arrepio na nuca depois do toque!

Hora de ir para trás, hora do impulso...antes liga a música que eu preciso voltar a dançar!

O frio na barriga faz bem, tinha muito tempo que não sentia isso, o sorriso é involuntário e a mistura de sensações leva para a mudança. Prometa que quando abrir os olhos não vai ser o mesmo ambiente, o gosto vai ficar marcado, o batom borrado será arrumado e você sairá daqui flutuando!

Depois desse choque de pulso, o caminhar fica confiante, os olhos profundos e a escolha das roupas certeira! Coloca o salto que te faz ter tamanho suficiente pra brincar nessa montanha russa, aquela blusa que faz aparecer uma tatuagem e a saia que atrai olhares.

Sai de cabeça erguida, se der vontade volta a dançar, faz por impulso, entende que da pra ser as duas coisas ou até mesmo mais de duas!

Vai ao lugar que você gosta e que tem aquela batida que se confunde com a respiração, te deixa pingando suor, não deixa pra depois!


Aproveita enquanto a batida está marcada, para de pensar tanto naquilo que não precisa! Já tentou só fazer?! Gasta esse tempo de pensar nas coisas que realmente precisam, nas outras...só sente o impulso!

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Limites da blindagem



Hoje em dia blindamos tudo...
Blindamos os carros, os vidros, as casas...
O motivo seria o medo? Insegurança?!
Mas e quando nos blindamos?  Como que por conspiração, nos tornamos ainda mais limitados!
Blindamos a alma, a boca, o coração...
Chegamos até a blindar o medo com medo de sentir medo!
Fato, não nego, construí essa parede! Tem tanto tempo que ela é feita de tijolos gastos e a pintura (feita apenas para fazer de conta que não havia nada ali) já está encardida! A pintura não funcionou, dava de cara com a parede toda vez que eu tentava dar um passo, eu sabia que ela estava ali. Cada vez que dava de cara o próximo passo era ir atrás da marreta para colocar tudo abaixo! Mas, como que por ironia, essa coisa de blindagem é boa...funciona! Eu empunhava a marreta, juntava minhas forças para levantar, mas a força era tanto que não sobrava mais nada para bater a primeira vez e começar a ver aquilo tudo se reduzir a pó! Comecei a achar que era fraqueza...e isso é estranho, levando em consideração que foi exatamente a fraqueza que me levou a levantar todo aquele reboco.
Esquece a marreta, não vai funcionar, e isso é uma pena, pois era a minha melhor possibilidade! Dava de cara mais algumas vezes, a cada hematoma me escondia, esperava ele passar e depois reaparecia como se nem conhecesse a parede, até bater outra vez! Cada vez que batia lembrava o motivo dela estar ali!
Vou ficar com a parede mesmo, é mais seguro, na pior das hipóteses o olho roxo se torna uma boa história, até mesmo uma briga, uma briga comigo mesma!
Opa, problema! De tanto dar de cara, descobri que a parede era fina, apenas uma camada, quase uma película de mau gosto. Criei alguns furos na minha blindagem. Por esses furos consigo ver o que me trouxe até aqui...os sorrisos, as confianças...droga! Como confiança dói!
O grande problema é que aí vem a saudade. Agora da pra entender, consigo sentir saudade da dor, preciso mesmo de uma blindagem! Borboletas...no estômago...quase um enjoo disfarçado de balanço cada vez que olho esse abismo que descobri na minha parede. Da próxima vez que você se mostrar assim vou ter que te jogar daqui!
Não posso te deixar entrar, quero...não posso. E até acho que você não quer...vamos trabalhar com essa hipótese!

E cada vez que um tijolo furar ele será restaurado e nós continuamos assim fechando buracos, sentindo saudade de abismo e espantando borboletas, pensando no estrago que o bater de asas de uma delas pode causar do outro lado desse mundo...ou da parede!

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Limites e pensamentos

Esses dias, ouvindo Chico Buarque (salve Chico!), me bateu uma dúvida: o que está acontecendo com o pensamento?
Não digo um pensamento específico, isso seria muito difícil, mas o pensamento como forma geral de expressão. Será que estamos com preguiça?!
Pensar dói, isso é fato! Se não dor direta, a dor indireta de ter que explicar tudo aquilo que pensa e às vezes a dor de ouvir alguns pensamentos que você só queria que não existissem.
Estaríamos nós achando mais fácil não pensar? Não pensar, nos leva ao comodismo. Se eu não penso, apenas aceito o pensamento que me é imposto e toco o barco! Já sei, mais uma vez aquela história sobre alienação que ninguém aguenta mais, todo mundo já entendeu que somos sim alienados e muitas vezes é melhor seguir assim! (Poxa, olha aí o comodismo!)

Mas fique tranquilo, não estou aqui para convencer ninguém a levantar e ir à luta contra essa alienação. (Deu preguiça!)

Está pior do que eu imaginava! Essa coisa de preguiça de pensar pega a gente mais rápido do que conseguimos respirar. Vamos com calma! (Corta a preguiça!)

Então vamos pensar no seguinte, se todo esse mal é causado pela preguiça, como burlar esses sistema? Será mesmo que eu preciso burlar?
Confesso que para alguns pensamentos prefiro a preguiça, pelo simples fato de serem tão absurdos que não mereçam a minha atenção!

Analisando agora, a coisa está ficando pior: passamos da preguiça para o preconceito!
Então vamos com o clássico, devemos ouvir e tentar entender todos os pensamentos, sem julgar. Mas agora fiquei com outra dúvida, se for muito absurdo um pensamento, podemos esculachar com ele? Claro que não, as consequências ainda existem! Mas alguns pensamentos...não dá!

Então faço diferente, vamos ficar alheios para não arrumar briga e também não cometer nenhuma injustiça! Acho que nesse caso uma injustiça seria bem pior que um pensamento ruim ou mal composto. Então é isso, é a composição do pensamento que acaba com ele! Mas agora acho que isso pode ser óbvio e que perdi muito tempo pensando nisso para chegar a uma conclusão idiota.

Então é isso, se não pensamos é preguiça, se pensamos demais pode ser perda de tempo!
Isso já está com cara de sete pecados capitais, você sempre cai em um tentando fugir do outro!

Quer saber, acho mais justo e honesto da nossa parte fazer o seguinte, vamos pensar mais! Acho mais interessante pecar pelo excesso do que pela falta. Já que pecaremos de qualquer forma, que pelo menos isso nos de bons momentos de reflexão e troca de ideias (ou apenas uma boa desculpa para uma cerveja no final do dia!).