quarta-feira, 29 de abril de 2015

Limites e pensamentos

Esses dias, ouvindo Chico Buarque (salve Chico!), me bateu uma dúvida: o que está acontecendo com o pensamento?
Não digo um pensamento específico, isso seria muito difícil, mas o pensamento como forma geral de expressão. Será que estamos com preguiça?!
Pensar dói, isso é fato! Se não dor direta, a dor indireta de ter que explicar tudo aquilo que pensa e às vezes a dor de ouvir alguns pensamentos que você só queria que não existissem.
Estaríamos nós achando mais fácil não pensar? Não pensar, nos leva ao comodismo. Se eu não penso, apenas aceito o pensamento que me é imposto e toco o barco! Já sei, mais uma vez aquela história sobre alienação que ninguém aguenta mais, todo mundo já entendeu que somos sim alienados e muitas vezes é melhor seguir assim! (Poxa, olha aí o comodismo!)

Mas fique tranquilo, não estou aqui para convencer ninguém a levantar e ir à luta contra essa alienação. (Deu preguiça!)

Está pior do que eu imaginava! Essa coisa de preguiça de pensar pega a gente mais rápido do que conseguimos respirar. Vamos com calma! (Corta a preguiça!)

Então vamos pensar no seguinte, se todo esse mal é causado pela preguiça, como burlar esses sistema? Será mesmo que eu preciso burlar?
Confesso que para alguns pensamentos prefiro a preguiça, pelo simples fato de serem tão absurdos que não mereçam a minha atenção!

Analisando agora, a coisa está ficando pior: passamos da preguiça para o preconceito!
Então vamos com o clássico, devemos ouvir e tentar entender todos os pensamentos, sem julgar. Mas agora fiquei com outra dúvida, se for muito absurdo um pensamento, podemos esculachar com ele? Claro que não, as consequências ainda existem! Mas alguns pensamentos...não dá!

Então faço diferente, vamos ficar alheios para não arrumar briga e também não cometer nenhuma injustiça! Acho que nesse caso uma injustiça seria bem pior que um pensamento ruim ou mal composto. Então é isso, é a composição do pensamento que acaba com ele! Mas agora acho que isso pode ser óbvio e que perdi muito tempo pensando nisso para chegar a uma conclusão idiota.

Então é isso, se não pensamos é preguiça, se pensamos demais pode ser perda de tempo!
Isso já está com cara de sete pecados capitais, você sempre cai em um tentando fugir do outro!

Quer saber, acho mais justo e honesto da nossa parte fazer o seguinte, vamos pensar mais! Acho mais interessante pecar pelo excesso do que pela falta. Já que pecaremos de qualquer forma, que pelo menos isso nos de bons momentos de reflexão e troca de ideias (ou apenas uma boa desculpa para uma cerveja no final do dia!).